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“As Conferências do Estoril não terminam aqui”

“As Conferências do Estoril não terminam nem aqui, nem agora”. A garantia foi hoje dada por Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais que, na sessão de encerramento deixou o anúncio: “falaremos disso quando nos encontrarmos daqui a dois anos para a quinta edição das Conferências do Estoril”.

Ao longo dos últimos quatro dias, 60 oradores de 26 nacionalidades diferentes abordaram os grandes temas de atualidade numa maratona de 36 horas de debate. Transversal a todos os painéis, o tema da educação esteve sempre presente, com pensadores do mundo inteiro a dizerem no Estoril que esta é a chave para o futuro das populações.

 
Um futuro baseado na necessidade de reinventar modelos de atuação a nível económico, político e religioso e que ajude o mundo a adaptar-se às novas realidades impostas não só pelas transformações geopolíticas, mas também pela verdadeira revolução cultural marcada pelas ferramentas tecnológicas da nova Era Digital.
 
“O sucesso de uma ordem glocal dependerá sempre do envolvimento dos cidadãos na vida pública”, fez questão de salientar Carlos Carreiras, citando Francisco, o seu Papa, “é um dever de todos os cristãos envolverem-se na política, neste espaço público que nos é comum”.

Ficou assim lançado o repto para um novo encontro político daqui a dois anos, provavelmente assente num novo modelo à luz do Instituto de Diálogo Global”, apresentado ao longo desta quarta edição das Conferências do Estoril e que vai permitir que estas se estendam aos países lusófonos e cruzar cursos com universidades de todos os continentes com quem têm parcerias estabelecidas (Vídeo apresentação do Estoril Global Institute). 

 
4 dias, 60 oradores, 26 nacionalidades, 36 horas em debate

O que ficou dito…

“Nas Conferências do Estoril começamos sempre com aqueles que vão mudar o mundo”. “As Conferências do Estoril vão estender-se aos países lusófonos e cruzar cursos com universidades de todos os continentes com quem tem parcerias estabelecidas”. CARLOS CARREIRAS, presidente da Câmara Municipal de Cascais.
 
“As conferências são, muito provavelmente, o único fórum global onde um chefe de estado e um ativista político, um homem de negócios e um estudante, partilham o mesmo palco em igualdade de circunstâncias”. MIGUEL PINTO LUZ, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais.
 
“Espero que [as CE] continuem porque precisamos de boas ideias para fazer avançar o mundo”. Considerando que as Conferências do Estoril têm vindo a "conquistar ao longo das várias edições um reconhecimento internacional que está patente na qualidade de todos os conferencistas e de todos os participantes no evento". PEDRO PASSOS COELHO, Primeiro-ministro.
 
“Quem é que me tem inspirado para propor mudanças mundiais no meu trabalho na Comissão Internacional sobre Multiculturalismo da ONU?” , JOSÉ RAMOS HORTA, Prémio Nobel da Paz 1996, Ex-presidente de Timor-Leste, responsável do Painel das Nações Unidas sobre Operações de Paz, Co-Presidente da Comissão Internacional sobre o Multilateralismo.
 
“A segurança começa com a nossa relação com a terra. Já não podemos considerar trivial o prejuízo causado pelos padrões da economia global”, VANDANA SHIVA, Fórum internacional da Globalização, ONU.
 
“ A austeridade reduz a produtividade pelo que como medida contra a crise só causou miséria, sobretudo, nos jovens. Foi um fracasso de liderança e de criatividade da Europa.”, LORD ROBERT SKIDELSKY , professor emérito de Economia Política na Universidade de Warwick.
 
“ A economia dita verde e que todos defendem é cara, baseada em subsídios e taxas e na ideia de que é preciso cortar nos custos de produção. Essa não é a solução e leva à baixa de salários e à austeridade que conduz ao aumento da pobreza e da desigualdade.”. “ A economia azul parte da ideia de que o que é bom para o ambiente e para nós deve ser barato porque se parte do que já existe localmente”. “As crianças são parte integral das oportunidades para mudar a forma de pensar e confrontar coisas”, GUNTER PAULI, The Blue Economy | Autor do Relatório do Clube de Roma.
 
“A pobreza e a desigualdade social são um elemento determinante na deterioração da saúde mental e no aumento das dependências, designadamente o alcoolismo e que afetam toda a sociedade”, ANA PAULA LOPES, Directora do Tapscott Group |Presidente do Centro para as Dependências e Doenças Mentais. 
 
“ Hoje em dia as empresas já têm uma agenda social e a responsabilização de melhorar a inclusão na comunidade, enquanto as organizações sem fins lucrativos adotam modelos de gestão empresarial”, GILI DRORI, socióloga e professora na Universidade Hebraica de Jerusalém.
 
“Adequar o modelo de negócio à realidade das comunidades locais, contribuindo, assim, para a inovação e a criação de valor para a comunidade pelas empresas”, TASHMIA ISMAIL, investigadora da Universidade das Nações Unidas. 
 
“ O ambiente económico está a mudar muito rapidamente, pelo que é preciso uma readaptação das empresas e da sociedade a essa mudança.”, MIGUEL ALVES MARTINS, cofundador do Instituto de Empreendedorismo Social (IES)
 
“A humanidade precisa de dois ou três planetas para continuar com este estilo de vida, gastando os recursos que não temos”. “Nenhum negócio pode prosperar sem um desenvolvimento sustentável. Isto não é uma questão moral ou religiosa, mas, uma perspetiva de negócio. Daqui a uma década as empresas que não compreenderem isto perderão a guerra.”, ROBERT METZKE, diretor de estratégia da Royal Philips Eletronics.
 
“Este prémio só é entregue a quem dá provas do impacto atingido, sobretudo nas pessoas envolvidas e o projeto da Aporvela permitiu-nos verificar que o impacto é real e é isso que aqui premiamos”, MILTON SOUSA, diretor executivo das Conferências do Estoril.
 
“A criação de uma comunidade transatlântica integrada com aumento da atividade económica, que permita a criação de emprego”, como uma solução para “melhorar a resposta atlântica à nova ordem global”. “No mundo de hoje é necessário termos parceiros fortes para cumprirmos a nossa missão de segurança. A NATO precisa de melhorar a sua missão de capacitar os estados mais frágeis com modernos sistemas de segurança e ajudar a desenvolver as forças de segurança desses estados.”, ANDERS FOGH RASMUSSEN, ex-primeiro ministro da Dinamarca e Secretário Geral da NATO.
“Não comungo do pessimismo reinante sobre a Europa”. “Temos de preparar as coisas para vários cenários. A prudência é uma das virtudes que Aristóteles dizia que os políticos deviam ter”, DURÃO BARROSO, ex. primeiro-ministro de Portugal e ex-presidente da Comissão Europeia. 
 
“É tempo de o novo mundo analisar os erros dos últimos 25 anos”. “Os ditadores não têm planos para construir nada, apenas para fazer inimigos”. (…) “A União Europeia tem de começar a agir como uma entidade civil. Ainda há tempo de estancar o que está a acontecer na Ucrânia”. GARRY KASPAROV, Mestre de Xadrez e Ativista.
 
“Os grupos radicais que agem em nome da religião fazem parte de um paganismo aberrante baseados na idolatria sanguinária. Este é um desafio para todos os lideres religiosos: combaterem a uma só voz vigorosa o radicalismo”. ABRAHAM SKORKA, Reitor do Seminário Rabínico Latino-americano.
 
“As democracias podem ser capturadas por interesses que nada têm a ver com os interesses públicos”, FRANCIS FUKUYAMA, vencedor do Estoril Global Issues Distinguished Book Prize 2015.
 

Cascais Digital

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