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Bairro da Adroana tem horta associativa

No Bairro da Adroana há novas razões para um momento bem passado entre vizinhos. Ao cultivar as 46 parcelas da nova horta associativa, criada em torno da horta comunitária já existente, os moradores tiram agora mais partido da terra, mas também estreitam laços e reforçam a coesão social.
Inaugurada neste sábado, 24 de setembro, a horta que fruto de um investimento municipal de 35.000 euros transformou profundamente uma área com 4.755 metros quadrados, espelha bem o trabalho desenvolvido das últimas semanas pelos novos hortelãos. Aqui e ali crescem couves e alfaces, courgetes e pepinos, e até quiabos “que representam a Guiné”, como refere Maria, uma das hortelãs do bairro que ali cultiva uma parcela. “A terra não conhece nacionalidades e dá os frutos que nós plantamos”, reforça.
 
Partilhando com os moradores a alegria do projeto concretizado, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, sossegou os mais incrédulos: “quando há uns anos fizemos a requalificação da zona central do bairro e decidimos avançar com uma horta comunitária, alguns disseram que era impossível, que era dinheiro mal gasto. Provámos que não”, disse, referindo-se à excelente manutenção do campo de jogos e ao desenvolvimento da horta. “A horta funcionou tão bem que estamos aqui hoje para a alargar, sendo este um bom exemplo de comportamento cívico e de cidadania”, reforçou o autarca”. 
 
Esta é a primeira horta constituída em regime associativo no âmbito do Projeto “Hortas de Cascais” e veio promover a organização, legalização e usufruto do espaço existente em torno da horta comunitária do bairro por mais moradores. “Todos têm ajudado muito. Além do cultivo e dos produtos que de aqui colhemos, isto é uma terapia”, refere Inácio Kral, representante da Associação de Moradores. 
 
O projeto contou também com o apoio da Junta de Freguesia de Alcabideche, cujo presidente, Rui Costa, salienta: “além de recuperar um terreno municipal que estava abandonado, este projeto proporcionou a criação de um novo grupo de coesão social. É um bom trabalho de desenvolvimento territorial”. 
 
Também os voluntários internacionais do “Workcamp Back to Green”, organizado pela Associação Juvenil Rota Jovem, colaboraram durante o verão ajudando a marcar as parcelas, construir dos abrigos, compostores, mesas de merendas e a pérgula. Os horticultores ajudaram nestes trabalhos, delimitaram as suas parcelas e ficaram de construir os caminhos e pavimentos da entrada e zona de estar. As áreas de cultivo variam entre os 40 e os 100m2, consoante as necessidades de cada família.
 
Os horários da formação foram ajustados à disponibilidade dos candidatos, e só após a sua conclusão foi permitido que iniciassem o cultivo da sua parcela.
 
Desta reorganização do espaço resultou a criação de uma nova comunidade, com responsabilidades próprias, devidamente capacitada e consciente da partilha de bens. O terreno anteriormente abandonado transformou-se num espaço requalificado e produtivo.
 
 

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