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“Caçadora Furtiva” – Nova exposição de Paula Rego | 17 de dezembro | Casa das Histórias Paula Rego

No âmbito da programação do Bairro dos Museus, inaugura no próximo dia 17 de dezembro, às 18h00, na Casa das Histórias Paula Rego, “Caçadora Furtiva” – a mais recente exposição de Paula Rego, com curadoria de Catarina Alfaro.

Imediatamente antes da inauguração, decorre a cerimónia que atribuirá ao auditório da Casa das Histórias o nome de Maria de Jesus Barroso que conta com a presença dos filhos, Isabel e João Soares, sendo também provável a presença da Pintora Paula Rego. Segue-se a visita inaugural à exposição “Caçadora Furtiva”.


Em 1990 Paula Rego foi convidada a iniciar o projeto de residências de artistas contemporâneos na National Gallery, em Londres. O estatuto de Artista Associada da National Gallery implica a produção de obras que estabeleçam uma relação direta com esta coleção, durante uma estada de 18 meses, num atelier situado no piso inferior do museu. O convite não foi logo aceite pela artista:


«Tive muito medo e fiquei com uma certa apreensão! Mas para encontrar o nosso próprio caminho é necessário encontrar a nossa porta, como Alice. Ao tomarmos demasiadamente de uma mistura ficamos grandes demais, depois tomamos demasiado de outra e ficamos pequenos demais. Temos de encontrar a nossa própria entrada para as coisas… e eu pensei que a única maneira de nelas penetrar é, digamos, pela cave…precisamente onde fica o meu estúdio! Assim posso trepar lá acima, apanhar as coisas e trazê-las comigo para a cave, onde posso comê-las. E o que trago aqui para baixo varia imenso, mas trago sempre alguma coisa aqui para a minha toca. Aqui sou uma espécie de caçadora furtiva»


O encontro, furtivo ou explícito, com as histórias e as imagens que as contam nunca se traduz, na obra de Paula Rego, numa tentativa de ilustrar a pintura antiga, a palavra, o romance, ou a persistência das imagens cinematográficas ou teatrais que se alinharam como as suas influências marcantes.


Ao compilar fragmentos de pinturas, caçados aqui e ali, Paula Rego arranca da sua memória histórias e imagens que estão associadas às suas impressões visuais mais profundas, auxiliada por novos - mas temporalmente longínquos - estímulos visuais que atualizam essa memória. É precisamente do confronto com as imagens do passado e a sua atualização na experiência/memória visual e narrativa da artista que surge o corpo de obras concebidas durante e após esta experiência com a coleção da National Gallery.


A “Caçadora Furtiva”, na Casa das Histórias Paula Rego, mostra, com particular destaque, uma série de trabalhos da artista que resultam precisamente deste encontro com as coleções de museus ou os que são criados na sequência de um convite para exposição nesse contexto museológico, sem que haja necessariamente uma relação com as coleções.


É nesta condição de caçadora furtiva que persegue a sua presa e se recolhe, para depois se fundir com ela, que devemos olhar para as obras presentes nesta exposição.


 

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