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Casa das Histórias Paula Rego acolhe Exposição de Manuel Amado
“Estes quadros possuem todos uma simplicidade ameaçadora”, afirmou Paula Rego, enquanto escolhia as pinturas, óleos sobre tela, realizadas entre 1975 e 2008.
Não há dúvida de que a obra de Manuel Amado se constrói a partir de um mistério que é, à partida, simples: as coisas normais vêem-se sobre um ângulo diferente e, por isso, os modos de conceção da subjetividade na apreensão do mundo podem tornar-se a verdadeira fonte do enigma. Cada uma destas pinturas será, então, um exercício de perceção do invisível no visível da obra. A sua pintura não restitui o visível mas torna visível.
As forças invisíveis presentes na pintura de Manuel Amado são, em primeiro lugar, as suas ligações afetivas aos espaços que habitou e que são reveladas através da memória, não fotográfica, mas uma memória reconfigurada que contém ressonâncias que derivam do passado e do presente, do momento em que esses espaços estão a ser relembrados pelo artista através da pintura.
Assim se estruturam estes espaços criados por Manuel Amado, a partir de zonas de confronto, de sensações divididas, que se readequam umas nas outras, precisamente como notou Paula Rego: “É como se ele pintasse para erradicar um fantasma, algo que nunca conseguirá fazer.”
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Terça-feira a domingo: 10.00 -18.00h (encerra à segunda-feira)