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Cascais comemora o 25 de Abril
Um futuro que Carlos Carreiras, presidente da autarquia definia como tempo de cumprir um dos desígnios do 25 de Abril, o “Desenvolvimento”, uma vez cumpridos os outros dois, “a Descolonização e a Democratização”. E, cumprir o terceiro dos objectivos preconizados no programa da Revolução do 25 de Abril pressupõe, sustentou Carlos Carreiras, prosseguir “um caminho de cidadania, de desenvolvimento, um caminho de democracia participativa, participada pelos cidadãos, com os cidadão e pelos cidadãos”, defendeu. Mas também, recordaria, festejar e pontuar o dia histórico, para exaltar os objectivos cumpridos com o “orgulho pelo caminho percorrido”.
No palco o alinhamento musical era uma metáfora. Esta curta viagem, que se iniciaria com o “vocês sabem lá”, da Maria de Fátima Bravo, num recuo aos finais dos anos 50 do século passado, culminaria no Grândola Vila Morena, a música “chave” da revolução de Abril, numa interpretação dos “Estrelas do Guadiana”, o grupo do Cante Alentejano de Tires, acompanhado pela Banda Filarmónica de Alvide.
Um trajeto musical pontuado pela poesia recitada por atores do Teatro Experimental de Cascais, que da janela da Câmara Municipal, faziam um outro percurso. Este seria um caminho poético, de palavras proféticas de Manuel Alegre ou Sofia de Melo Breyner Andersen à poesia política de Ary dos Santos.
Mas as comemorações do dia começaram cedo com o hastear da bandeira, às 9 horas, no Complexo Desportivo de S. Domingos de Rana, seguindo-se depois para o Mercado de Parede e para a sede da Junta de Freguesia de Carcavelos, terminando nos Paços do Concelho, em Cascais.