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CE 2017 | Encerramento com Madeleine Albright: “a democracia é a maior arma de mudança"

Madeleine Albright, antiga Secretária de Estado dos Estados Unidos defendeu hoje na conferência final das CE 2017 que a “euforia democrática foi substituída por dúvidas sobre a capacidade da democracia de cumprir as promessas”. A 5ª edição das Conferências do Estoril reuniu, este ano, 110 oradores e centenas participantes em torno da discussão sobre migrações. Ao longo de três dias, foram várias as personalidades de diversos quadrantes de todo o mundo que deram o seu contributo para o debate em torno do fenómeno mundial da crise migratória.
Madeleine Albright, antiga Secretária de Estado dos Estados Unidos, e uma das presenças mais aguardadas, falou sobre os perigos que ameaçam as democracias ocidentais e que enfraquecem o Liberalismo Americano. Começou por admitir que ficou animada por ver António Guterres ser eleito para as Nações Unidas, mas ressalvou que a “euforia democrática foi substituída por dúvidas sobre a capacidade da democracia de cumprir as promessas” reconhecendo que “a democracia é a maior arma de mudança".
 
William Lacy Swing, Diretor Geral da Organização Internacional para as Migrações, aproveitou a sua intervenção no último dia das Conferências do Estoril para alertar que “uma em cada sete pessoas no mundo é um migrante” e que só no ano passado “morreram 5 mil migrantes no Mediterrâneo” e que “haverá mais, se as políticas dos países de partida e de chegada não mudarem”. William Lacy Swing define a migração não como “uma crise para ser resolvida”, mas como uma “realidade humana com que agências e governos responsáveis precisam de lidar”.
 
Fareeda Khalaf voltou ao palco das Conferências do Estoril, depois de ter sido recebida no Parlamento português para falar da situação yazidi. “Depois desta reunião fiquei com esperança. Espero que Portugal reconheça o que se está a passar com os yazidi como um genocídio”, afirmou Fareeda. "Peço à comunidade internacional que encontre uma solução para ajudar os refugiados e a comunidade yazidi", pediu Fareeda, ressalvando que esta não é apenas a sua mensagem, mas a de milhões de refugiados.
 
 
A cerimónia de encerramento contou com Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, que reconheceu que realizar um evento desta natureza “de dois em dois anos é muito tempo. Talvez seja altura de tornarmos estas reuniões de família mais frequentes”. Aproveitou ainda para lançar um desafio ao Governo, para que, a partir de outubro, se comece a trabalhar num grande pacto para o desenvolvimento de Portugal, entre Estado e Autarquias, já que “uma abordagem bem-sucedida à questão das migrações não será atingida sem uma clara cooperação entre cidades e estados”.
 
“O maior risco que corremos é acreditarmos que nos conseguimos esconder por detrás de um muro”, defendeu Caldeira Cabral, ministro da Economia, que representou António Costa no encerramento das CE 2017. “Estes problemas têm lugar nos nossos próprios territórios”. O ministro reiterou uma mensagem transmitida ao longo de todo o dia: “devemos encarar o fenómeno das migrações como uma oportunidade e não como uma ameaça”.
 
A 5ª edição das Conferências do Estoril decorreu de 29 a 31 de maio, no Centro de Congressos do Estoril, em Cascais, onde reuniu os maiores pensadores de todo o mundo, centrado nos problemas inerentes à globalização. As Conferências do Estoril são organizadas pelo Estoril Institute for Global Dialogue, com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, e contam com o Alto Patrocínio da Presidência da República Portuguesa. A próxima edição ficou já marcada de 6 a 8 de maio de 2019.
 
 
 

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