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Concurso Nacional dos Jovens Repórteres para o Ambiente | Estudo do Miosótis das Praias dá primeiro prémio

Com um trabalho sobre o Miosótis das Praias, espécie que só existe em Cascais, os alunos do Colégio Valsassina venceram o Concurso Nacional dos Jovens Repórteres para o Ambiente. O artigo vencedor foi elaborado no âmbito do Banco Genético Vegetal Autóctone do Parque Natural de Sintra-Cascais.

A análise de uma planta da classe das angiospérmicas (plantas com flor), endémica da região de Cascais - Omphalodes kunzinskyanae, mais conhecida por Miosótis-das-Praias (espécie nativa de uma área biogeográfica e que está restrita a essa região) foi uma boa opção para os alunos do 10.º ano do Colégio Valsassina, em Lisboa. 

 

Com o acompanhamento da Cascais Ambiente, os alunos desenvolveram um artigo no âmbito do Banco Genético Autóctone do Parque natural de Sintra-Cascais, tema que lhes valeu o destaque perante o júri do concurso nacional que visa premiar os trabalhos desenvolvidos na área ambiental por jovens entre os 13 e os 21 anos.

 

A planta, devido ao seu estatuto de conservação, é alvo do Plano Nacional de Conservação de Flora em Perigo. Consta do Livro Vermelho das Plantas de Portugal, já que é considerada “Espécie em Perigo Crítico de Extinção”. Trata-se de uma espécie prioritária em termos de conservação de acordo com a legislação comunitária, estando incluída nos Anexos I e IV da Diretiva Habitats (92/43/CEE) e no Anexo I da Convenção de Berna.

 

A parceria entre a Cascais Ambiente e o Colégio Valsassina remonta a 2010 e resulta da adoção por parte do colégio de um talhão para recuperar uma área florestal através do envolvimento voluntário dos alunos. Em 2013 essa parceria foi reforçada pela adoção de mais 0,5ha de área florestal e também pelo apoio prestado pela equipa técnica nos projetos de investigação científica que o colégio desenvolve com os seus alunos do ensino secundário. 

 


 

 

Sobre o Banco Genético Vegetal Autóctone (BGVA)

Criado em 2009, o BGVA visa assegurar a integridade genética das populações vegetais do Parque Natural de Sintra-Cascais por meio da seleção e germinação de material vegetal de proveniência local necessário aos trabalhos de conservação e gestão de habitats e instalação de novas populações, desenvolvido pela equipa técnica da Divisão do Meio Terrestre da Cascais Ambiente.

O BGVA é composto por uma estufa (96m2), casa de sombra (312m2) e parque exterior (420m2). Desde 2009, já se efetuaram inúmeras campanhas de recolha de sementes e estacas de 42 espécies vegetais autóctones do Parque Natural de Sintra-Cascais (PNSC). 

 

As plantas produzidas (10.000/ano) têm sido utilizadas em ações de gestão de habitats (e.g. plantação) no PNSC com a participação do público em geral, escolas, etc. (projeto Oxigénio).

 

A partir de 2010, em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e o Instituto Superior de Agronomia, iniciou-se a recolha de sementes e a propagação ex-situ de 14 espécies vegetais endémicas, com o objetivo de instalar as plantas em locais selecionados de acordo com a sua distribuição potencial, criando novas populações.

 

Sobre o Miosótis das Praias:

Sendo uma planta anual de pequenas dimensões, germina de novembro a meados de fevereiro, a sua floração ocorre geralmente de março e possui flores branco-azuladas. Omphalodes kuzinskyanae é uma espécie inofensiva e herbácea (raramente alcança mais de de um palmo de altura). O seu período de vida é relativamente curto, terminando em junho.

 

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