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Especialistas portugueses e espanhóis debatem “Intervenções assistidas por animais” em Cascais

Pioneiro na diferença como aborda a saúde mental dos seus munícipes, onde se incluem terapias assistidas por cavalos (equoterapia) e, mais recentemente, com cães no Espaço S (lojas Geração C), CERCICA e Casa do Alecrim (demências senis, apoio à doença de Alzheimer), entre outras, o concelho de Cascais acolhe hoje e amanhã, 28 e 29 de novembro, a 1ª Conferencia Internacional de Intervenções assistidas por animais. No auditório da Casa de Histórias Paula Rego, especialistas portugueses e espanhóis debatem e trocam experiências numa área ainda emergente em Portugal.
Os animais no papel de facilitadores da terapia em inúmeros casos patológicos como demências, lesões cerebrais, disfunções e comportamentos associais, casos de distúrbios de personalidade, depressão, baixa autoestima, stress ou limitações físicas e motoras como a surdo-cegueira entre outras têm a sua eficácia cientificamente comprovada e são uma alternativa viável quando as terapias convencionais não mostram resultados positivos. Esta foi uma das conclusões do primeiro dia desta 1ª Conferência Internacional de Intervenções Assistidas por Animais, organizada pela associação espanhola Positivas Can com o apoio da Câmara Municipal de Cascais.
Com uma média de 600 intervenções por ano no Espaço C das Lojas Geração C, espaço municipal em Cascais onde são proporcionadas consultas gratuitas a jovens dos 8 aos 30 anos, as terapias assistidas por animais, no caso com o cão Pi, fazem de Cascais um concelho pioneiro no uso destes modelos de terapia. 
 
Mas, não é só no espaço S que estes tipos de intervenções se apresentam como coadjuvantes às terapias convencionais. Os cães de terapia como ferramenta facilitadora de intervenções em patologias como demências e lesões cerebrais fazem igualmente parte da prática terapêutica habitual na CERCICA e na Casa do Alecrim, esta última especificamente no caso de pacientes com a Doença de Alzheimer. O incremento da qualidade de vida e bem-estar dos pacientes, assim como a melhoria nas condições motoras deterioradas pela doença, constituem a principal mais-valia da intervenção do fiel amigo. 
 
 “Apoiar aqueles que se apresentam, à partida, em desvantagem relativamente ao seu projeto pessoal de felicidade, onde se incluem, entre outros grupos sociais, as crianças, jovens e deficientes é uma obrigação e um dever de todos. Pelo que esta conferência vai muito para além do que podemos ouvir e ver, mas, daquilo que podemos sentir e de que forma os nossos animais de estimação podem induzir alterações positivas nos comportamentos sociais da nossa comunidade”, afirmou na sessão de abertura Carlos Carreiras, Presidente da Câmara de Cascais.    
 
Ao longo de dois dias, especialistas debatem em Cascais a necessidade de uma agenda comum que tenha presente o valor do vínculo pessoa/animal por parte de todos aqueles que se dedicam à causa animal, especialistas nas áreas de terapêuticas psicomotoras e médicos em geral. Uma questão reforçada por Jaume Fatjo Rios, veterinário docente da Universidade Autónoma de Barcelona e um dos oradores presentes, para quem “o ancestral vínculo que o ser humano estabelece com o seu animal de estimação, em particular com o cão, documentado desde os primórdios em várias culturas é o ponto de partida para o êxito dos modelos de intervenção assistida por animais”. Este é, para Jaume Fatjo Rios um passo importante para o reconhecimento da importância das intervenções assistidas por animais e para que estas sejam aceites por todos, sociedade e comunidade científica.   
 
Entre os projetos destacados nesta conferência estão a troca de experiências entre os responsáveis de projetos em curso em Portugal, como as intervenções assistidas em animais na CERCICA - Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Cascais, o Projeto L.E.R. Cãofiante no município de Silves, o “Patas na Escola”, programa de intervenção de TAC na Escola Básica do Turcifal, e as intervenções assistidas por animais na surdo-cegueira na Casa Pia de Lisboa.
 

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