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Gabinete de Inserção Profissional Inclusivo abre em setembro em Cascais

Cascais vai ter, a partir de setembro, um dos oito Gabinetes de Inserção Profissional Inclusivos (GIP) que vão ser criados no país ao longo dos próximos dois anos. O objetivo é reforçar a rede nacional para apoio à inserção profissional, atualmente com 464 GIP, com espaços mais vocacionados para o atendimento das pessoas com deficiência e incapacidade.

Numa parceria com oito entidades especializadas, a Administração Central formalizou dia 16 de julho a assinatura dos protocolos de criação do GIP Inclusivos, sendo que, no caso de Cascais, o objetivo é, com a parceria da Cercica – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Cascais e o apoio da Câmara Municipal, abrir o GIP Inclusivo na Loja Cascais – Atendimento Municipal, em setembro próximo.

Representando um investimento de cerca de 150.000 euros nos próximos dois anos, a criação dos oito GIP Inclusivos irá abranger um total de 8.000 desempregados com deficiência ou incapacidade, desenvolvendo “atividades potenciadoras de uma inserção mais rápida e mais sustentadas dos diferentes públicos do serviço público de emprego”. Entre estas encontram-se atividades de apoio à procura ativa de emprego, de captação e divulgação de ofertas de emprego, de apoio à colocação, de divulgação de medidas de emprego, formação profissional e de reabilitação profissional, entre outras atividades de apoio à inserção enquadradas num contrato de objetivos estabelecido entre o serviço de emprego e a entidade promotora do GIP inclusivo.

A assinatura dos protocolos decorreu na Cercica – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Cascais, na presença de Pedro Mota Soares, ministro do Emprego e da Solidariedade Social, Octávio Oliveira, secretário de Estado do Emprego, e de Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.

O enquadramento dos GIP Inclusivos, à semelhança dos Gabinetes de Inserção Profissional já existentes, será feito pelo IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional que, segundo o seu presidente Jorge Gaspar, para quem a assinatura destes protocolos vai permitir “desenvolver um conjunto de atividades dirigidas a concidadãos que têm tantas expetativas de ter um emprego quanto qualquer um de nós. Podemos ter diferentes instrumentos e perspetivas para chegar a um emprego, mas esse é um objetivo comum”, salientou.

Aproveitando a ocasião para desafiar o ministro do Emprego e Solidariedade Social a “criar alguma diferenciação positiva” a nível da contratação pública no que respeita à criação de postos de trabalho inclusivos, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, destacou o facto de, em Cascais, a manutenção de 90% dos canteiros ser da responsabilidade da Cercica, representando um número significativo de postos de trabalho criados. Na mesma lógica e com vista ao estabelecimento de futuras parcerias com diversas instituições que atuam na área da deficiência, Carlos Carreiras deixou o repto para a criação de uma lavandaria industrial “que serviria não só como serviço, mas também como posto de formação profissional para outros cidadãos encontrarem a sua ocupação”. Um passo importante para ajudar a criar mais postos de trabalho, num município que, por ter uma Unidade Orgânica virada especificamente para o emprego, “tem um levantamento muito exaustivo de onde estão oportunidades de emprego e de alguma forma capacidade de sensibilizar essas oportunidades de emprego para darem preferência a cidadãos com deficiência. Quando conseguimos ter todo um conjunto de entidades à volta de um objetivo comum estamos dentro de uma coligação virtuosa que é aquilo que nos deve alimentar a todos nós”.

Setor social é “campeão na geração de emprego”

Elogiando aquela que considera ser “uma parceria verdadeiramente sustentável”, Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade Social e do Emprego, considerou que, na ligação com as instituições sociais, a Administração Central tem “encontrado uma resposta muito positiva para a geração de postos de trabalho. O setor social, entre o segundo trimestre de 2011, quando tomámos posse e o primeiro trimestre de 2015 foi, num tempo muito difícil, um dos setores que mais postos de trabalho criou - 50.000 - para além da importantíssima resposta social que deu”. Números que fazem do setor social “o campeão da geração de emprego a nível nacional”, aos quais é ainda preciso somar, segundo Pedro Mota Soares, o facto de este setor representar “uma fantástica rede de apoio às famílias portuguesas”, particularmente junto daqueles que têm mais dificuldades e estão mais confrontados com a exclusão social. Esta nova rede, no entender do ministro, “vai ter outra capacidade de responder de forma mais eficiente às situações de maior vulnerabilidade de maior carência a nível local com o foco muito especial na inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho”, com “atividades ajustadas à realidade local”.

Sobre a rede GIP | A nível nacional a rede de GIP é composta por 464 gabinetes, dos quais 11 ligados a projetos das Redes Locais de Intervenção Social, 10 que acolhem especificamente profissionais emigrantes e minorias étnicas, oito para lidar com a questão da deficiência (a criar agora). Estes gabinetes representam, segundo Pedro Mota Soares, um investimento de 9,4 milhões de euros, 4,4 dos quais ainda este ano para abranger um total de 825.000 desempregados nos próximos dois anos.

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