CONTACTOS
Fale connosco
800 203 186
Em rede

Está aqui

O Dia da Comunidade no Bairro da Torre

O Bairro da Torre assinala este sábado, 24 de junho, o Dia da Comunidade. Danças, concertos, jogos tradicionais, artesanato e pratos típicos africanos e portugueses juntam os moradores deste bairro de Cascais para uma festa de partilha e de alegria.

Antes da chegada ao Largo do Atlântico, a música tradicional africana, portuguesa ou o popular “despacito” já fazia adivinhar que a festa começara e que estaria animada. Passava pouco das 17h00. O espaço começa a encher e aos sons junta-se, agora, o cheiro da moamba ou da sardinha assada, dos produtos típicos, o artesanato e, sobretudo, a boa disposição.

O Dia da Comunidade levará centenas de moradores e visitantes, em festa, pela noite fora. “Nós, os africanos, estamos habituados a estas festas, de comes e bebes”, realça Mélita, assim é conhecida no Bairro da Torre, onde vive há 38 anos. Para a ocasião cozinhou a sua moamba (o prato custa 3,5 euros). É a primeira vez que participa. “Fiquei feliz por me terem convidado. Faço questão que esta festa continue, para que as pessoas possam trazer para aqui o que mais gostam de fazer”, diz com um rasgado sorriso, lenço na cabeça, como mandam as vestes que trouxe de África. “Estes jovens e jovens há mais tempo são fonte de inspiração para todo o concelho”, realça  o presidente da Câmara de Cascais, de visita ao evento. Carlos Carreiras acrescenta  que os moradores do Bairro da Torre “têm ideias e perspetivas diferentes e conseguem encontrar aí uma força que as faz ir para a frente. Queria aqui testemunhar isso, elogiar e registar com muito agrado o trabalho que tem vindo a ser feito”. 

E se Mélita (Maria Amélia) exibe um prato típico de Angola, as crianças vestem-se a rigor e dançam. Os mais velhos fazem soar batuques e entregam-se a coreografias dos países de origem. Os jovens animariam o dia e a noite com concertos. “Esta festa é importante para os jovens do bairro também porque se unem aos mais velhos. Por vezes, não há essa oportunidade”, explica José Carlos Avelino ou Zeca, como é conhecido na comunidade. “O Bairro da Torre é uma casa, é um lar. Somos uma família”, realça este jovem, enquanto os vizinhos já o esperam para ajudar nas tarefas da festa.

“Este ano a iniciativa tem a particularidade de ser organizada pela comunidade”, explica Mafalda Palmares, do Clube Gaivotas da Torre. “Todos os anos a organização cabe à Associação de Moradores e às instituições. Em 2017, a comunidade envolveu-se e em abril começou a preparar este dia”, adianta Mafalda Palmares.

Este ano, as receitas dos produtos vendidos revertem a favor de um “mini orçamento participativo a favor da população que aqui vive”, o que pode ser, por exemplo, adianta Mafalda Palmela, “um projeto para jovens, para crianças, um jardim… ainda não está definido. Certo é que tem de ser para usufruto público”.  

“Um bem haja para todos, continuem com este espírito de união porque só assim é que se consegue ultrapassar os obstáculos que existem ao longo da vida. Se não tivermos este espírito de comunidade vai ser mais difícil ultrapassá-los. Parabéns a todos”, felicita Carlos Carreiras.

De Portugal, Angola, Cabo Verde ou Moçambique. Todos juntos, unidos. É assim há vários anos. Cada morador colabora naquilo que mais sabe fazer e o resultado está à vista: diversidade de culturas e de conceitos. 

Cascais Digital

my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0