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A resposta atlântica aos desafios globais Fogh Rasmussen e João Vale de Almeida nas Conferências do Estoril

“O terrorismo, o estado Islâmico, as alterações do clima, as questões da Ucrânia e da Crimeia e a dependência energética europeia da Rússia são ameaças reais” e “estão a pôr em causa a ordem internacional e a governança global”. Afirmações proferidas por Andres Fogh Rasmussen, ex-Primeiro-Ministro da Dinamarca e Secretário Geral da NATO e por João Vale de Almeida, diplomata Europeu e embaixador da UE nos Estados Unidos da América. Um debate aceso sobre a nova ordem mundial nas Conferências do Estoril 2015.

Rasmussen defendeu no Estoril “a criação de uma comunidade transatlântica integrada com aumento da atividade económica, que permita a criação de emprego”, como uma solução para “melhorar a resposta atlântica à nova ordem global”. Nas palavras do antigo Secretário-geral da Nato, isso só é possível com “a reforma de algumas instituições como o FMI e o Banco Mundial, assim como o estabelecimento de acordos de comércio regionais e a recolocação da NATO como pilar da segurança transatlântica”.  

 

Defendendo uma resposta musculada em caso de intervenção, Rasmunssen garante que para reforçar o papel da NATO é necessário criar “forças de reação rápida que sejam possíveis de deslocar para o terreno perante ameaças externas aos países” e acrescenta: “no mundo de hoje é necessário termos parceiros fortes para cumprirmos a nossa missão de segurança. A NATO precisa de melhorar a sua missão de capacitar os estados mais frágeis com modernos sistemas de segurança e ajudar a desenvolver as forças de segurança desses estados.”

 

Apontando o dedo aos líderes políticos, que acusou de não terem sido capazes de “acompanhar a evolução do mundo”, o embaixador João Vale de Almeida, que partilhou o palco com Rasmunssen no painel dedicado à “Resposta atlântica e desafios globais”, afirmou que “nestes últimos 30 anos o mundo mudou mais e em tão pouco tempo, afetando tanta gente que não tem precedentes na história da humanidade”.  E os efeitos estão bem à vista, explica Vale de Almeida, realçando que apesar de nestas últimas três décadas, “muitos milhões saíram da pobreza e houve grandes progressos nos direitos das minorias”, com “ a crise financeira que começou em 2007, a governança global sofreu ameaças e foi posta em causa a legitimidade dos líderes políticos que não foram capazes de resolver os problemas das populações”. 

 

Trazendo a terreiro as questões da Crimeia e da Ucrânia, que “levaram a repensar a geopolítica e o regresso a uma cultura de defesa que data de há 30 anos”, o Embaixador da União Europeia nos Estados Unidos apontou, no Estoril, a segurança como sendo um dos grandes desafios da governação: “todos queremos estar seguros e exigimos isso aos governos, mas quantos de nós estamos dispostos a pagar essa segurança e a prejudicar a privacidade em nome da segurança?” 

Para João Vale de Almeida, a solução está nos “novos mercados emergentes para os onde os países do Atlântico podem vender os seus produtos. E isso poderá fomentar o crescimento e o emprego. Há novas fronteiras que vale a pena explorar e isto inclui Portugal”. 

 

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