CONTACTOS
Fale connosco
800 203 186
Em rede

mais pessoas

Alexandre Rippol
Alexandre Rippol “Há um fator mágico que nos impele ...
Margarida Bessa
Margarida Bessa “Uma boa ação por dia nem sabe o ...
José Roncon
José Roncon “Ser voluntário é aquilo que nós ...

Está aqui

Maria Ortélia Almeida

Maria Ortélia Almeida tem 69 anos e uma experiência profissional de 40 na área das ciências documentais. Entrou para a Câmara há quinze anos com a missão de ajudar a criar a Rede de Bibliotecas Municipais, sistema que hoje permite a qualquer pessoa, em qualquer canto do mundo, consultar via internet, os milhares de títulos do acervo das bibliotecas de Cascais, podendo também reservar.

Quando em 1997 chegou a Cascais, nas bibliotecas existiam apenas fichas manuais, por isso foi necessário iniciar todo o trabalho de tratamento documental e de informatização. Graças ao seu empenho e ao da equipa que com ela trabalhou desde o primeiro momento, a Rede de Bibliotecas de Cascais dispõe de uma base bibliográfica com mais de 110 mil volumes (livros, multimédia, etc.). Este é no entanto, um trabalho que nunca está terminado porque as bibliotecas estão em constante atualização, adquirindo novos títulos. Natural do distrito de Aveiro, Maria Ortélia fez a escola primária e o liceu em Moçambique, tendo vindo para Coimbra em 1959 para estudar Filologia Germânica, licenciatura que veio a terminar em Lisboa, onde vive desde 1969.

O seu encontro com as ciências documentais aconteceu por acaso, até porque na altura não era comum ver bibliotecários que não fossem formados em História. Maria Ortélia era docente, mas o rumo da sua vida mudou quando, em 1971, não conseguiu colocação e lhe apareceu a possibilidade de ir trabalhar para o Fundo de Fomento da Habitação (FFH), onde pela primeira vez se cruzou com a biblioteconomia. Uma paixão que perdura até hoje. No FFH foi trabalhar com um arquiteto que tinha constituído um centro de documentação especializado em arquitetura, habitação e urbanismo. Começou a fazer a indexação e veio a chefiar o centro de documentação.


A dedicação pelo trabalho que desenvolvia como documentalista valeu-lhe experiências além-fronteiras, em Angola e Moçambique, onde trabalhou em projetos ligados à criação de bibliotecas e aquivos do Estado. O rigor que exigia do seu trabalho levou-a mais tarde a fazer a pós-graduação em ciências documentais. Colaborou ainda com empresas como a SISMET e INTERSISMET, onde desenvolveu trabalhos para algumas autarquias e iniciou conhecimentos de informática que lhe permitiram desenvolver bases de dados documentais, quando ainda nem havia muitos computadores. Esteve também ligada à Hemeroteca de Lisboa e à Câmara do Seixal, onde integrou a equipa responsável pela informatização da biblioteca pública municipal. Como reconhecimento pelo trabalho realizado na Câmara Municipal de Cascais foi distinguida, em 2011, com a Medalha Municipal de Serviços Distintos. Aposentada há alguns meses, diz que, por agora, a sua atividade passa por cuidar da mãe com 95 anos, atualizar algumas leituras e frequentar a Academia Sénior da Cruz Vermelha da Parede. Mas, confessa, gostaria também de desenvolver trabalho de investigação na área das ciências documentais. Pelo menos, uma vez por mês visita os colegas e sente saudades do ritmo da sua atividade profissional.


 C - Boletim Municipal | 17 de maio de 2012

Cascais Digital

my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0