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Paulo Jorge

Paulo Jorge nasceu em 1969, em Lisboa, e com três anos foi viver para a Azóia. Na apreciação que faz dos tempos em que ainda era uma criança conta que era um pouco irrequieto, e que na escola não se portava muito bem.

Tinha catorze anos, frequentava o 1º ano do Ciclo Preparatório, atual 5º ano, mas em vez de ir para as aulas passava os dias na Praia Grande a observar o desmantelamento do cargueiro Angra que ali encalhou em 1983. Já não era a primeira vez que reprovava de ano e, certo dia, o pai disse-lhe, com firmeza, que  aquela era a última oportunidade que teria para demonstrar que valorizava a escola. No final do ano letivo, quando é informado das 157 faltas às quais acresciam mais quatro por mau comportamento do seu educando, o pai demonstrou-lhe que era um homem de palavra: Paulo termina o seu percurso como estudante e começa a trabalhar numa fábrica de móveis.


Encarregado da secção do Núcleo de Apoio Logístico Paulo Jorge só se convenceu que ia mesmo mudar de vida no próprio dia em que começou a trabalhar, quando o pai o fez “saltar da cama” por volta das seis da manhã. Na fábrica não eram permitidos atrasos, mesmo que fossem de apenas alguns segundos; nem brincadeiras, como as que fazia nas aulas quando imitava o “Shogun” para fazer rir os colegas e deixar a professora agastada, que sem outra alternativa lhe marcava falta disciplinar. No local de trabalho as regras eram para cumprir e quem ousasse transgredi-las sujeitava-se a ser despedido. Não foi nada fácil encarar esta nova realidade na sua vida, e mesmo enquanto aprendiz de ofício, viram-se obrigados a mandá-lo três dias para casa por dificuldades de adaptação.


Com apenas 14 anos era difícil aceitar que as regras que faziam parte do mundo dos adultos tinham passado a fazer parte da sua vida. “Sempre de olho nele”, o encarregado geral, ajudou-o a mudar de atitude. Era amigo da família e esforçou-se muito para que Paulo encontrasse um rumo na vida. A seguir ao pai, este amigo foi o homem que mais o ajudou a crescer. Paulo tem plena consciência deste facto. É, por isso, ainda hoje, uma grande referência na sua vida. As suas funções na fábrica passavam por preparar as madeiras para serem transformadas pelos carpinteiros em peças de mobiliário.


Com o tempo aprende a manobrar a máquina onde eram colocados os barrotes que eram cortados em peças de menores dimensões. O seu dia de trabalho começava às 07h40 e terminava às 18h00. “No inverno, quase não via o sol”. A oportunidade de viver outra experiência profissional surgiu quando um tio lhe disse que a Câmara Municipal de Cascais estava a contratar pessoal.


Faz a inscrição de manhã e nesse mesmo dia, telefonam-lhe a dizer que tinha sido admitido. No dia a seguir, começa a trabalhar no (NAL), onde permanece há 26 anos.







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