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Cidade, Pertença das Pessoas
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Partindo do compromisso assumido na Declaração Final do XIII Congresso Internacional em 2014, ano de comemoração de 20 anos de AICE, cujo compromisso aponta para a melhoria dos processos de construção pessoal e social da cidadania em que se propõe, entre outros, a promoção de recursos dirigidos a melhorar a coesão social, a inclusão e a convivência.
Cascais, para 2018, propõe-se ao debate da Coesão Social na Cidade a partir das pessoas e do seu sentimento de pertença à Cidade.
“Trata-se de trabalhar por uma cidade onde todas as pessoas encontrem o seu lugar na sociedade; onde se faculte, mediantes politicas activas, a inclusão das pessoas.” (Pozo, Educación y vida urbana: 20 años de las Ciudades Educadoras, AICE, 2008, p. 33)
As cidades deverão assegurar a boa governação e instituições eficazes consagrando  “todos os seus esforços no encorajar a coesão social entre os bairros e os seus habitantes, de todas as condições”  através de “Politicas municipais educativas que implementam o desenvolvimento dentro de um marco de justiça social, civismo democrático, qualidade de vida e promoção dos seus habitantes” (Pozo, Educação e Vida Urbana: 20 anos das Cidades Educadoras, 2008 p.33)
Para além da Carta das Cidades Educadoras, a ONU propõe uma nova agenda pós 2015 para o desenvolvimento assente na centralidade das pessoas e dos direitos humanos nos processos de desenvolvimento e o imperativo de responder às crescentes desigualdades nas suas nas suas variadas dimensões.
 
 
OS EIXOS:
1º Eixo2º Eixo3º Eixo
1º Eixo
DESENHAR A CIDADE A PARTIR DAS PESSOAS, DAS SUAS NECESSIDADES E ASPIRAÇÕES
 
O direito à cidade é um direito real de reconfigurar a cidade de outra maneira, de a adequar mais às nossas necessidades e desejos coletivos e assim mudar os nosso quotidianos, de redesenharmos as práticas arquitetónicas (por assim dizer), para encontrar uma forma alternativa de podermos continuar a ser simplesmente humanos” (Harvey,  David. Educação e Vida Urbana: 20 anos das Cidades Educadoras, 2008)
 
«Fazer uma cidade educadora» vinculada pela vontade de “elevar a qualidade de vida dos cidadãos, não só no plano material – o ambiente, os serviços – como também a construção cívica.” (Hereu, Jordi.  Educação e Vida Urbana: 20 anos das Cidades Educadoras, Associação Internacional das Cidades Educadoras, 2008, p. 38)
 
Neste «Fazer uma cidade educadora», com a participação dos habitantes, está o gérmen da melhor cidade pensável possível, no direito real da cidade que garanta:
- Uma política coletiva de transformação dos espaços e lugares da cidade, das condições ambientais e das práticas sociais numa nova configuração com respostas às mudanças de vida que beneficie toda a gente, salvaguardando o mais elementar apoio material, a inclusão, o acesso e a diferença;
- O direito fundamental “de fazer e refazer a cidade e, consequentemente, a nós mesmos, segundo o nosso desejo” (Hereu, Educação e Vida Urbana: 20 anos das Cidades Educadoras, AICE, 2008, p.38);
- A criação de valor na procura de transversalidade, inovação e modalidades de educação tanto formal como informal e obter por, diferentes vias, o conhecimento da realidade da cidade como forma preservação da sua identidade, dos costumes, origens e línguas com o fito de alcançar a integração e coesão sociais.
 
2º Eixo
A CONVIVÊNCIA PARA O SENTIMENTO DE PERTENÇA 
 
A Cidade Educadora ao melhorar a cidadania democrática, a concertação e participação dos cidadãos recria “o conceito de cidadão como sujeito da política urbana em permanente renovação através da sua atitude participativa” (Pozo, Educação e Vida Urbana: 20 anos das Cidades Educadoras, 2008 p.30)
 
A participação é um elemento chave da cidade educadora “a vida democrática urbana está em proporção direta com a participação real dos cidadãos na vida coletiva.” (Pozo, Educação e Vida Urbana: 20 anos das Cidades Educadoras, AICE, 2008, p.30). Neste sentido é fundamental que uma cidade se organize ao redor do espaço público, uma vez que é aí que acontecem as interações espontâneas entre os diferentes grupos sociais.
 
Na cidade educadora a «reconstrução do espaço público» deve ter em conta o “diálogo constante entre indivíduo e comunidade, entre direitos e deveres de todos os atores cívicos, considerando que só a convivência participativa e interativa constrói um espaço de cidadania com conteúdo para projetos mais nobres” ” (Pozo, Joan Manuel.  Educação e Vida Urbana: 20 anos das Cidades Educadoras, 2008 p.30) e onde se procura: 
- O diálogo e a cooperação inter geracional para a integração e o aproveitamento recíproco dos conhecimentos e experiencias inatas entre todas as gerações;
- A promoção dos valores essenciais da democracia: a liberdade, a igualdade, a diversidade cultural, ou cooperação solidária internacional;
- A necessidade de construir e reconstruir os laços e vínculos entre as pessoas, de fomentar uma convivência hospitaleira e amistosa, de cooperar mutuamente na formação enriquecedora da autoestima individual e coletiva.
 
3º Eixo
A CIDADE PARA AS PESSOAS E OS SEUS PROJETOS DE VIDA
 
“Pretende-se que cada pessoa que vive na cidade se sinta realmente ponto de atenção do conjunto da cidade e, principalmente, dos seus representantes democráticos; que se sinta sujeito de direitos de cidadania como pessoa com possibilidade real de desenvolver, a todo o momento e em pleno, as suas capacidades” (Pozo, Educação e Vida Urbana: 20 anos das Cidades Educadoras, 2008)
 
Uma cidade educadora oferece e estimula “vias de realização à capacidade educadora de todos os membros da cidade, tanto individual como coletivamente” (Pozo, Educação e Vida Urbana: 20 anos das Cidades Educadoras, 2008, p.30) procurando descobrir todas as suas potencialidades positivas em prol do progresso pessoal e social.
 
Neste sentido uma cidade educadora procura:
- Promover o melhor crescimento possível e desenvolver as potencialidades e projetos das pessoas e dos grupos humanos;
- Uma educação de qualidade e aprendizagem ao longo da vida que não só renove aptidões para a mobilidade laboral e técnica mas, sobretudo, espirito de cidadania;
- Garantir que as pessoas usufruam, em condições de igualdade, das oportunidades que a cidade oferece no âmbito da formação, do entretenimento, de trabalho, de prestação de serviços e de crescimento pessoal.

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