Câmara assina protocolo com PSP para acabar as obras no “edifício amarelo”

“Problema de resolução urgente”, como refere Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, as condições de trabalho da Divisão de Cascais da PSP há muito que aguardam por “luz ao fundo do túnel”. E se a autarquia conseguiu resolver parte desta dificuldade ao reabilitar a antiga esquadra da Guarda Fiscal junto à Docapesca, para aí instalar a Esquadra de Cascais, a sede da Divisão continua provisoriamente instalada, há mais de 60 anos, na Rua Afonso Sanches em condições muito débeis.

“Não exagerando, quem se deslocar atualmente ao Gabinete de Apoio à Vítima vai ficar com receio de ser vitimado uma outra vez”, disse o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, reforçando o estado de degradação e condições reduzidas de trabalho a que “estes homens e mulheres”, profissionais da segurança pública, estão sujeitos. “Com um nível profissional extraordinário, fazem mais do que lhes é exigido e apresentam resultados excecionais”, homenageou.

A resposta, há mais de 15 anos sem conclusão à vista por vicissitudes diversas, passa pela conclusão do conhecido como “edifício amarelo” que só agora será acabado, no âmbito do protocolo assinado hoje, dia 16 de setembro, entre a Câmara Municipal de Cascais e a PSP.

“A resolução [desta questão] era um imperativo inadiável”, refere Anabela Miranda Rodrigues, ministra da Administração Interna, que esteve presente na assinatura do protocolo em Cascais. Este é um “investimento com longo histórico”, reforçou, lembrando que a conclusão do edifício que futuramente vai albergar a sede da Divisão da PSP de Cascais, vai permitir prestar um serviço mais próximo a quatro freguesias do concelho, totalizando cerca de 163 mil residentes, não esquecendo o apoio a todos os visitantes, nacionais e estrangeiros.

Avaliada em aproximadamente três milhões de euros, a obra, a concretizar pela Câmara Municipal de Cascais, será “um grande passo para um novo começo”, destaca Carlos Carreiras, expressando a vontade do município em “reunir todos os esforços para que a empreitada possa estar concluída em 2017”, ano em que a Polícia de Segurança Pública completa 150 anos de existência. Apostando numa gestão criteriosa dos fundos disponíveis, o presidente da câmara Municipal de Cascais vai ainda mais longe ao garantir que todo o valor previsto em protocolo que não for utilizado na obra “deverá ser aproveitado para outras necessidades da PSP em Cascais”.

Apresentando um conjunto de soluções para dotar as forças e serviços de segurança de infraestruturas adequadas ao cumprimento da sua missão, a assinatura do protocolo, aprovado pelo Governo, “vai melhorar muito os serviços prestados aos cidadãos”, confirmou José Manuel de Matos Torres, Superintendente-Chefe da PSP.