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"Marias – Por todas as meninas e mulheres” | Centro Cultural de Cascais | 21 novembro a 4 Janeiro 2015

Denunciar a violência e discriminação sobre meninas e mulheres é o objetivo da exposição “Marias – Por todas as meninas e mulheres” que reúne o trabalho de 13 artistas plásticos e ilustradores patente até dia 4 de janeiro de 2015 no Centro Cultural de Cascais.

A inauguração da exposição que se insere na campanha “Continuamos à Espera: participa na construção da Agenda Desenvolvimento Pós – 2015” - um movimento de cidadania em prol dos Direitos Humanos – e que conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais e da Fundação D. Luís I, teve lugar dia 21 e foi precedida de um debate sobre o mesmo tema. Na ocasião participaram Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais; Catarina Furtado, embaixadora de Boa Vontade do Fundo para a População das Nações Unidas (UNFPA) e Presidente da Associação Corações com Coroa; Célia Rosa, jornalista; Joana Miranda, Professora da Universidade Aberta; Maria Helena Santos, investigadora; e Paula Barros, diretora da cooperação do Instituto Camões Instituto Público. 


“O medo de denunciar as questões subjacentes à violência doméstica e à discriminação de que são alvo as mulheres e jovens em todo o mundo é o obstáculo que faz com que estas situações de perpetuem”, destacou Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais na abertura do debate. Uma situação que tem sido combatida no concelho, como acrescentou o autarca:  “Cascais é dos concelhos que mais campanhas tem para denunciar casos de violência doméstica, incluindo o Plano Municipal contra a violência doméstica e este é um desafio para todos e todas”.


Para Catarina Furtado é pertinente e urgente abordar este tema da violência e discriminação contra as mulheres uma vez que “ a desigualdade de género em Portugal, nomeadamente, a desigualdade de oportunidades é uma realidade comprovada pelas estatísticas”, tendo a Embaixadora da Boa Vontade da UNFPA acrescentado que “A desigualdade no nosso país faz-se sentir em situações como o nível salarial, o acesso a cargos de topo e até ao mercado de trabalho, onde o índice de taxa de desemprego feminino é mais elevado.”


Lançando o mote para o debate com a questão “Há um mundo de homens e um mundo de mulheres?”, Célia Rosa, adepta do jornalismo de causas que há muito se debruça sobre os Direitos Humanos, afirmou que, “mais do que diferenças entre géneros, o que existe em Portugal é uma assimetria (…) que gera uma discriminação negativa contra as mulheres”. E acrescentou, relativamente ao papel das redações nesta matéria: “há necessidade de formação e sensibilização dos jornalistas para estas questões, já que são eles próprios que transmitem estereótipos de género nas suas reportagens”.


Já Fátima Duarte, Presidente da Comissão de Cidadania e Igualdade de Género, preferiu destacar a oportunidade de iniciativas como o debate que trouxe o tema a debate: “A desigualdade baseada no sexo persiste mesmo nos países desenvolvidos pelo que são necessários instrumentos corretivos baseados em políticas públicas ativas que gerem igualdade com correlação com o desenvolvimento das sociedades”, realçou.


Até dia 4 de janeiro vai ser possível apreciar “Marias – Por todas as meninas e mulheres”, uma exposição que promove o diálogo entre arte e direitos humanos, neste caso através das “Marias”, peças tridimensionais criadas por 13 artistas que se apresentam como formas de pensar e agir sobre os direitos humanos das meninas e mulheres, muitas das quais continuam a aguardar por direitos básicos que lhe são negados, como o acesso à educação, à saúde, participação e realização pessoal. A exposição apela também ao fim de todas as formas de violência e discriminação de que meninas e mulheres são alvo, mesmo nas sociedades mais desenvolvidas.
 


Ilustradores e artistas plásticos: André da Loba, António Soares, Claúdia Oliveira, Esgar Acelerado, Ilustrana, Ivo Imagination, Júlio Oliveira, Júlio Vanzeler, Kammuz, Nicolae Negura, Pedro Artoon, Ricardo da Silva e Sara Macedo. 


Sobre a P&D Factor | Associação para a Cooperação sobre População e Desenvolvimento sem fins lucrativos, reconhecida como Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., que tem por missão a promoção e proteção do desenvolvimento em conformidade com os Direitos Humanos com base na não discriminação e na promoção da igualdade centradas em princípios de ordem científica, educacional, social e filantrópica.

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