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A relação entre empresas e sociedade num mundo em mudança

A procura de soluções locais para as grandes questões globais continuou a dar o mote ao debate nos painéis da tarde das Conferências do Estoril esta quinta-feira, 21 de maio. Guillermo Francos, Tashmia Ismail, Miguel Alves Martins e Robert Metzke foram os oradores convidados para debater os desafios que se colocam às relações entre as empresas e as sociedades num mundo em mudança.

O painel que abriu os trabalhos da tarde no Centro de Congressos do Estoril contou com a moderação de Gili Drori, socióloga e professora na Universidade Hebraica de Jerusalém que referiu estarem as empresas e a sociedade civil a fazerem um esforço de adaptação à mudança. “ Hoje em dia as empresas já têm uma agenda social e a responsabilização de melhorar a inclusão na comunidade, enquanto as organizações sem fins lucrativos adotam modelos de gestão empresarial” referiu a socióloga sobre o esbatimento das fronteiras entre empresas e sociedade.



Guillermo Franco, presidente de um banco argentino que concede microcrédito (Província Microempresas), trouxe à audiência das Conferências do Estoril a experiência de como é possível uma entidade financeira contribuir para a inclusão económica e social da parte da população que não tem acesso a crédito através do sistema financeiro. “ As pessoas não pedem presentes querem oportunidades” afirmou Guillermo Franco, referindo, ainda, que o ratio de cumprimento do microcrédito é elevadíssimo graças à confiança que se estabelece entre o banco e os clientes.



A necessidade urgente de se repensar os modelos de negócio tradicionais que “provocam inúmeras desigualdades perigosas para a estabilidade social e económica” foi a ideia defendida por Tashmia Ismail, Investigadora da Universidade das Nações Unidas que avançou com a solução de “adequar o modelo de negócio à realidade das comunidades locais, contribuindo, assim, para a inovação e a criação de valor para a comunidade pelas empresas”.



Miguel Alves Martins, cofundador do Instituto de Empreendedorismo Social (IES), criado em Cascais há sete anos, refere na linha dos restantes oradores que “ O ambiente económico está a mudar muito rapidamente, pelo que é preciso uma readaptação das empresas e da sociedade a essa mudança.” Aquele que é o rosto do empreendedorismo social em Portugal, defende uma nova abordagem á liderança em que as universidades têm um papel fulcral na formação desses novos líderes e empreendedores sociais.”



“ A humanidade precisa de dois ou três planetas para continuar com este estilo de vida, gastando os recursos que não temos.”, alertou Robert Metzke, diretor de estratégia da Royal Philips Eletronics. Sobre a relação entre empresas e sociedades Metzke refere que “nenhum negócio pode prosperar sem um desenvolvimento sustentável. Isto não é uma questão moral ou religiosa, mas, uma perspetiva de negócio. Daqui a uma década as empresas que não compreenderem isto perderão a guerra.” 
 

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